Na era da globalização, a exportação desempenha um papel crucial no fortalecimento das economias em todo o mundo. Dentre os métodos de exportação, o transporte aéreo surgiu como uma opção vital para o comércio internacional. Vamos entender melhor como funciona a Exportação Aérea passo a passo, seus benefícios e desafios, e oferecer dicas para você que pretende exportar por esse Modal.
Como Funciona a Exportação Aérea?
A Exportação Aérea é um processo complexo que envolve uma série de etapas coordenadas para garantir que as mercadorias sejam entregues com segurança e eficiência.
Aqui estão os principais elementos do processo:
Preparação e Embalagem:
Antes de tudo, é crucial preparar as mercadorias para o transporte, envolvendo embalagem adequada para proteger os itens e garantir conformidade com as regulamentações de segurança aérea. Cada item, com suas características específicas, influencia o método de embalagem, sendo essencial que a documentação de exportação contenha detalhes sobre a embalagem para assegurar a compatibilidade da carga com a aeronave em termos de peso e dimensões.
Documentação:
A Exportação Aérea requer uma série de documentos específicos, incluindo faturas comerciais, documentação de transporte, documentos alfandegários e certificados de origem. Um dos principais documentos é a Declaração Única de Exportação (DU-E), emitida pelo Portal Siscomex. Esse documento inicia o despacho aduaneiro e determina se a operação está sujeita a algum tratamento administrativo.
As informações contidas na DU-E coincidem com as da Nota Fiscal da carga. A importação dos dados disponíveis na plataforma da Receita Federal Brasileira pode facilitar o preenchimento do registro. Após a RFB e os órgãos anuentes autorizarem a DU-E, eles emitem um código exclusivo para a operação, a Referência Única de Carga (RUC), que deve ser referenciado no conhecimento de transporte.
Uma documentação completa e precisa é essencial para evitar atrasos e problemas na alfândega.
Manuseio em Aeroportos:
O transporte da carga até o aeroporto é definido entre um acordo entre as partes envolvidas e especificado pelo Incoterm. Em segmentos aéreos dentro do território nacional, a apresentação do DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal) é obrigatória no local de desembaraço aduaneiro.
As mercadorias são movimentadas pela equipe do aeroporto dentro do aeroporto, onde passam por processos de triagem de segurança e são armazenadas em instalações de armazenamento temporário antes do carregamento no avião.
Notar que, cada companhia pode ter suas próprias regras até o embarque.
Transporte Aéreo e Regulamentações Alfandegárias:
Ao chegar ao aeroporto, a operadora designada realiza uma minuciosa verificação da carga. Essa fase visa identificar eventuais danos ou discrepâncias nas informações, como o peso da carga, por exemplo. Se houver alguma inconformidade, o Terminal de Cargas armazena a carga, gerando um custo adicional, pois o sistema emite um Documento de Arrecadação de Exportação (DAE). Caso não haja divergências, a operadora consulta o ACD (Apresentação da Carga para Despacho) e a DU-E vinculada à nota fiscal.
Posteriormente, a Receita Federal conduz uma nova análise e categoriza a carga da seguinte forma:
Canal verde: quando não há problemas detectados;
Canal laranja: quando é necessária uma avaliação da documentação;
e Canal vermelho: Quando é necessário realizar uma avaliação documental e física da carga.
Concluídas essas etapas, a carga está pronta para dar início ao trânsito aduaneiro. Em cada ponto de transição, realiza-se uma análise adicional, e as informações são consultadas por meio do Documento de Acompanhamento de Trânsito (DAT), não mais através do DANFE.
Depois desses processos, a companhia aérea está autorizada a prosseguir com a operação, registrando a manifestação de embarque para o exterior. Ao confirmar a ausência de discordâncias nas informações, o portal Siscomex gera automaticamente o status de Carga Completamente Exportada (CCE), requisito essencial para a averbação do embarque.
Esses são os passos básicos, até o carregamento na Aeronave, mas cada modal tem seus prós e seus contras, veja a seguir:
Benefícios da Exportação Aérea:
Velocidade: O transporte aéreo é significativamente mais rápido em comparação com outros métodos, permitindo entregas rápidas em mercados distantes.
Segurança: As regulamentações rigorosas e a vigilância constante nos aeroportos garantem um alto nível de segurança para as mercadorias transportadas.
Acesso a Mercados Remotos: A Exportação Aérea facilita o acesso a mercados remotos e de difícil acesso, expandindo as oportunidades de comércio internacional.
Desafios e Dicas para Exportação Aérea:
Custos Elevados: O transporte aéreo pode ser substancialmente mais caro do que outros métodos. É essencial otimizar o processo logístico e buscar acordos de frete favoráveis para minimizar os custos.
Restrições de Peso e Tamanho: O peso e o tamanho das mercadorias podem limitar o tipo e a quantidade de itens que podem ser transportados via aérea. Planeje adequadamente e escolha as mercadorias com base nas restrições aéreas.
Planejamento e Antecipação: O planejamento cuidadoso é crucial para evitar atrasos e problemas. Antecipe-se a possíveis obstáculos, como mudanças climáticas, regulamentações alfandegárias complexas e restrições de capacidade de carga.
Com isso, sabemos que a Exportação Aérea continua a desempenhar um papel vital no comércio internacional, oferecendo uma solução cada vez mais rápidas e confiáveis para empresas que desejam alcançar mercados globais. Com uma compreensão aprofundada do processo e a adoção de práticas eficientes de logística, os exportadores podem se beneficiar das oportunidades que o transporte aéreo proporciona, superando os desafios para um comércio internacional bem-sucedido e lucrativo.
Se você já exporta ou importa produtos e pretende utilizar desse modal, entre em contato conosco para conversarmos, iremos se tornar grandes parceiros!